O primeiro carro fabricado no Brasil a Romi-Isetta

 

O Romi-Isetta é um marco notável na história da indústria automobilística brasileira, sendo o primeiro carro desenvolvido e fabricado no país. Sua história remonta à década de 1950, quando o Brasil estava começando a construir sua própria capacidade industrial e a se afastar da dependência de importações para a produção de veículos.

O Romi-Isetta foi introduzido em 1956 pela Indústrias Romi, uma empresa brasileira originalmente focada na fabricação de máquinas e equipamentos industriais. Inspirada pelo design do Isetta, um microcarro criado na Itália pela Iso SpA, a Romi adaptou o conceito para atender às necessidades e às condições brasileiras. A montadora, sob a liderança de seu fundador, o engenheiro e empresário Humberto Romi, decidiu desenvolver um carro compacto, econômico e acessível, ideal para o contexto urbano e as estradas brasileiras da época.

O design do Romi-Isetta era distintivo e inovador, com uma estrutura de três rodas e uma porta frontal que se abria para o lado, uma característica que fazia parte do design original do Isetta. O carro era equipado com um motor de 300 cm³ e tinha uma capacidade para dois passageiros, além de um pequeno espaço para bagagens. A abordagem do Romi-Isetta refletia um esforço para criar um veículo que fosse tanto funcional quanto econômico, adequado para o mercado brasileiro e para os desafios de infraestrutura da época.

A produção do Romi-Isetta teve início com uma capacidade limitada, mas foi um passo crucial para o desenvolvimento da indústria automotiva nacional. O carro representava um símbolo de inovação e de capacidade técnica emergente no Brasil. Embora a produção do Romi-Isetta tenha sido relativamente pequena e o modelo não tenha alcançado grande sucesso comercial, seu impacto foi significativo.

O Romi-Isetta ajudou a estabelecer as bases para a evolução da indústria automobilística brasileira e serviu como um exemplo de como a adaptação e a inovação locais podem gerar produtos únicos e relevantes. O legado do Romi-Isetta é lembrado com orgulho como o primeiro carro genuinamente brasileiro, refletindo o espírito de inovação e a determinação de um país em desenvolvimento para construir suas próprias soluções tecnológicas.